Branco, azul e vermelho. As cores da bandeira eslovena iluminaram, na noite de ontem, alguns dos monumentos mais icônicos das seguintes capitais brasileiras: o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; a sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo; o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional, em Brasília; o Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, e a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), no Recife. As projeções aconteceram para celebrar o 30º aniversário da independência da Eslovênia, cuja data oficial é hoje, 25 de junho.
Conhecido como Statehood Day (Dia do Estado) e considerado feriado nacional na Eslovênia, o dia 25 de junho de 1991 marcou o momento em que, oficialmente, o país conquistou sua independência. No entanto, há outra data relacionada ao evento, 26 de dezembro de 1990, conhecido como o Independence and Unity Day (Dia da Independência e da Unidade), em que se comemora a declaração do plebiscito de independência. O nome foi dado porque nunca os eslovenos estiveram tão unidos em favor de uma causa, quando aproximadamente 90% da população votou para que a Eslovênia se tornasse um país autônomo e independente.
Historicamente, após a Primeira Guerra Mundial, a Eslovênia, que fazia parte do império austro-húngaro, tornou-se um dos seis países que integravam a Iugoslávia, que se transformaria, depois da Segunda Guerra Mundial, na República Socialista Federativa da Iugoslávia. Foram mais de 70 anos sob o governo iugoslavo, mas durante todo esse tempo, os eslovenos mantiveram sua cultura e identidade como povo. O resultado do plebiscito deixou claro que a Eslovênia queria ter autonomia para cuidar do seu desenvolvimento e do seu futuro. No entanto, do referendo até a independência de fato foram seis meses de preparativos em prol de um acordo consensual e pacífico. O Brasil, aliás, onde a comunidade eslovena estava presente há quase um século, também teve sua participação.
O governo iugoslavo, porém, não aceitou a independência da Eslovênia, dando início ao que ficou conhecido como a Guerra dos Dez Dias, que terminou com a vitória dos eslovenos. O processo de independência da Eslovênia foi árduo e por essa razão é tão celebrado, pois, mais do que a soberania do país, representa a força e o êxito do povo esloveno.
Viva a Eslovênia!
Nossos agradecimentos e cumprimentos à Embaixada da Eslovênia no Brasil, aos cônsules e a todas instituições parceiras envolvidas no projeto para tornar esse momento possível.
Aproveitamos para convidar a todos que tiverem oportunidade de visitar a mostra de design contemporâneo esloveno, “Futuro do Viver”, no recém-inaugurado Museu de Arte de Brasília.
