Conferência da Slobraz mostra como investir no Brasil

Doing Business in Brazil” foi o tema da Conferência Online de Negócios realizada pela Slobraz com o objetivo de apresentar a investidores e empresas estrangeiras as estratégias para ingressar no mercado brasileiro de forma segura e rentável. O evento contou com a participação de empresas eslovenas estabelecidas no Brasil, que relataram um pouco da própria experiência para desenvolver seus negócios no país.

A vice-presidente da Slobraz, Tatjana Močenik, abriu a conferência, falando sobre a história da associação e o trabalho que vem sendo realizado por seus membros ao longo desses seis anos. Atualmente, a Slobraz tornou-se o principal agente de cooperação econômica e comercial entre a Eslovênia e o Brasil, oferecendo suporte e soluções para as companhias que queiram expandir seus mercados.

Močenik apresentou também os projetos deste ano, o que inclui a segunda edição da Cesta de Natal com iguarias eslovenas e a ampliação do Mapa Interativo de produtos e serviços eslovenos no Brasil. Ambos têm como finalidade a promoção da cultura e dos negócios da Eslovênia. 

Na primeira parte da conferência, Sérgio Rodrigues Costa — fundador e CEO da Strings, organização que atua no mercado de negócios global, auxiliando empresas estrangeiras a entrar no Brasil e empresas brasileiras a fazer negócios no exterior — traçou um rico panorama para todos aqueles que desejam investir no Brasil. Segundo ele, apesar das inúmeras oportunidades, o mercado brasileiro não é simples e demanda muito conhecimento para assegurar o sucesso dos investimentos estrangeiros. Uma decisão errada pode comprometer todo o negócio, ou como ele mesmo diz: “não há espaço para ooops quando se fala em investir no Brasil”. 

Costa listou os principais tópicos a serem considerados ao se investir no Brasil:

  • Mercado consumidor interno: 212,6 milhões de pessoas;
  • Dimensões continentais e um único idioma;
  • Taxa de câmbio favorável para investimentos estrangeiros;
  • Importante economia da América Latina;
  • País democrático e com grande diversidade; 
  • Demanda crescente por mercadorias e serviços; 
  • Early adopters de tecnologia;
  • Mercado interno com 150 milhões de usuários de internet e 111 milhões de usuários de mídias sociais (principalmente por smartphones – 95%);
  • Melhor perspectiva com a reforma trabalhista e previdenciária aprovada recentemente;
  • Forte presença de corporações internacionais.

No entanto, se a diversidade e seu tamanho são pontos positivos, também trazem algumas peculiaridades ao processo: a infraestrutura, o mercado e a forma de fazer negócios varia de estado para estado. Além disso, a questão tributária, apesar da reforma recentemente aprovada, ainda está em curso e é preciso que o investidor acompanhe seu desenrolar, assim como assuntos econômicos, políticos, impacto da pandemia, concorrência etc. que podem no processo. 

Com toda a expertise que possui, Costa ainda fez uma análise por região do país e por setores. Atualmente, ele disse que os países que mais realizam investimentos no Brasil são: Estados Unidos, China, Espanha, Alemanha e Japão, mas ressaltou: “Eu acredito que temos um desafio aqui, de aumentar e fazer a bandeira da Eslovênia aparecer nesta lista e dizer que estamos aumentando a presença das empresas eslovenas no Brasil’.

Na sequência, empresas eslovenas estabelecidas no Brasil falaram a respeito de seus negócios e relataram sua experiência para fazer parte do mercado brasileiro.  

Suzana Pendić – Gerente de Projetos e Sales Key Account Manager da Arex Defense

Surgida em 1994, na Eslovênia, a Arex é uma empresa de equipamentos para defesa, que produz desde armas para treinamento de oficiais de polícia a pistolas específicas para atiradores profissionais e tiro esportivo. A Arex está há dois anos e meio no mercado brasileiro, apesar de as negociações terem começado há quatro anos. É a primeira empresa a ter permissão de produção de armas nos últimos 87 anos no Brasil, e cuja primeira pistola nacional será lançada no início de 2022. 

Rok Fabjan – Fundador da Coffers Trading Group
A Coffers tem como principais atividades: seleção, controle de qualidade, compra, processamento e entrega de café brasileiro de alta qualidade para empresas de torrefação europeias. Rok falou um pouco da sua trajetória profissional e sobre a importância de se ter uma empresa de assessoria para investir ou empreender no Brasil.

Rodrigo Ayres – Diretor comercial da Bonpet
Fundada em 1999 na Eslovênia, a Bonpet é especializada em sistemas de supressão de incêndios e atualmente encontra-se presente em 45 países. No Brasil, a Bonpet está desde 2014, com sede em São Paulo e escritórios nas principais capitais do país. Já possui em seu histórico vários cases de sucesso, sendo o primeiro deles o dos Jogos Olímpicos de 2016.  

Sobre Sergio Costa e a Strings

O nome Strings é oriundo do acrônimo STRategy, INvestments, Global BusinesS, que engloba os fundamentos seguidos pela empresa ao servir como uma conexão entre companhias estrangeiras e parceiros de negócios no Brasil. Sergio Costa, fundador e CEO da Strings, é especialista em promoção de investimento, com mestrado em liderança organizacional pela Azusa Pacific University, EUA. Liderou operações que atraíram mais de 20 bilhões de dólares em novos investimentos e promoveram a imagem do Brasil e de São Paulo no mundo. Sob sua liderança, em 2018 a InvestSP foi premiada como Agência do Ano pela fDi Magazine, além de ganhar o fDi Strategy Awards, enquanto o Estado foi classificado como o Estado nº 1 na América Latina para Investimentos. 

Nossos agradecimentos a todos os participantes, à mediadora da conferência — a diretora-executiva da SGBN (Slovenian Global Business Network), Mateja Perovšek Ciuchini —, e aos patrocinadores: SPIRIT Slovenia; Ministério de Desenvolvimento Econômico e Tecnologia da Eslovênia e Embaixada da Eslovênia em Brasília. 

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