Drava há 35 anos segue seu curso no Brasil

Como o rio que inspirou seu nome, a Drava Metais está ligada à Eslovênia em sua origem. O rio Drava, um afluente do famoso Danúbio, tem sua nascente próxima à cidade onde, de 1506 até hoje, os Hlebanja conservam a casa pela qual passararam várias gerações da família. Foi nessa casa, no noroeste do país, que nasceu Frederico Hlebanja, em 1937, e de onde foi levado aos 6 anos de idade para um campo de concentração.

Frederico e sua família sobreviveram a esse período difícil, enfrentaram a crise pós-guerra e a ditadura iugoslava. A experiência serviu para fortalecer os atributos que o acompanhariam por toda a vida: determinação, otimismo e confiança no trabalho. Qualidades que foram fundamentais para que, em 1985, Frederico e a esposa, a portuguesa Margarida Teresa, decidissem fundar a Drava Metais.

A época não era das mais propícias para se empreender no Brasil. Instabilidade econômica, hiperinflação, mudança de planos econômicos e falta de garantias faziam parte do cenário, mas mesmo assim, o empenho e a competência venceram. Com apenas seis funcionários e uma pequena linha de produção – voltada à recuperação de válvulas de recipientes de GLP (gás liquefeito de petróleo), popularmente conhecido como gás de cozinha –, a Drava iniciou suas atividades na zona sul de São Paulo. 

A visão de negócio e a habilidade de criar parcerias de Frederico aliados à organização e eficiência gerencial de Margarida, que cuidava da área financeira, foram responsáveis pelo que se tornou os pilares da empresa e a garantia de sua longevidade: austeridade financeira, tecnologia, qualidade total dos produtos, desenvolvimento constante dos recursos humanos e proximidade comercial. 

Na década de 90, a Drava já se destacava em seu setor. Nessa época, Mirko, o primogênito de Frederico, passou a trabalhar com o pai, oficialmente, pois há anos ele frequentava reuniões e acompanhava com interesse os passos de Frederico na fábrica. As inovações implantadas por Mirko levaram a empresa a um novo patamar.

A Drava passou a atuar também no setor automobilístico, fornecendo válvulas para montadoras. Foi a primeira empresa brasileira a ser certificada pelo sistema de normas na categoria de válvulas e conexões para o sistema GLP. Além disso, seus produtos foram os pioneiros a receber a homologação da Underwriters Laboratories Inc., que garantiram à empresa o mesmo nível dos produtos importados.

Em 2008, Mirko assumiu a presidência da empresa. Dois anos depois, Frederico faleceria em um acidente em seu sítio. O legado, porém, permanece. A Drava Metais acaba de completar 35 anos e continua crescendo. Foi certificada com a ISO 14000, que atesta a qualidade do sistema de gestão ambiental para suas instalações e processos. Atualmente, a linha de produtos compreende válvulas, conexões e acessórios para os setores GLP, automotivo, agropecuário e gases de ar.

Como a maioria das empresas, no entanto, a Drava também tem sofrido as consequências desta pandemia. A área automobilística, tão afetada, é responsável por uma parte do faturamento da empresa, que mais uma vez tem buscado maneiras de se reinventar para evitar a dispensa e a redução de salários dos funcionários. Mirko, que herdou do pai a confiança no trabalho e continua contando com a eficiência da mãe a seu lado, acredita que quando esta situação passar, aqueles que conseguirem manter a serenidade poderão colher os frutos. 

A Drava Metais é associada desde o início da Slobraz. Frederico nunca abandonou os laços com sua terra natal e foi cofundador da UEB-União dos Eslovenos do Brasil, assim que a Eslovênia tornou-se um país independente. Em 2012, a Drava recebeu a visita da maior autoridade política da Eslovênia, o que teria sido motivo de orgulho do pai, assim como foi para Mirko. Para ele, a relação com a Eslovênia é mais do que tudo, de respeito, admiração, cooperação e amizade.

Para saber mais sobre a Drava Metais, visite o site: www.drava.com.br 

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