Final de semana de celebrações para a comunidade eslovena
O dia 28 de outubro a partir de agora marca uma importante data para a comunidade eslovena no Brasil. Após décadas de expectativa, no último sábado, foi realizada a pré-inauguração da Casa Eslovena “Slovenski dom Triglav Brazilija”, em São Paulo. A ideia de um espaço que congregasse eslovenos, descendentes e simpatizantes surgiu em 1991, na residência de Janez Hlebanja, onde Frederico Hlebanja, Vladimir Ovca, Franzika Brunček, Ivan Cimermam, Carlos Gallizia e Štefan Bogdan Barenboim Šalej deram início à União dos Eslovenos do Brasil (UEB).
Ao longo dos anos, os esforços para a concretização desse sonho de ter um espaço físico para reunir e manter viva a história da comunidade eslovena no Brasil só cresceram e, finalmente, graças ao empenho de Martin Črnugelj, ex-presidente da UEB durante 15 anos; do Dr. Štefan Bogdan Barenboim Šalej, presidente emérito da Slobraz e diretor da Slovenian Global Business Network; do cônsul da Eslovênia em São Paulo, Octavio Oliva; dos então embaixadores da Eslovênia Gorazd Renčelj e Brian Bergant, no Brasil e na Argentina, respectivamente; do atual presidente da UEB, Boris Krajnc Alves, e do presidente da Slobraz, Matjaž Cokan, a Casa Eslovena é uma realidade.
De acordo com Boris Krajnc Alves, “a Casa Eslovena será um espaço comum para as organizações associadas à Eslovênia como a UEB, a Slobraz, o Consulado e a Embaixada, assim como para toda a comunidade. Como diz o nome em esloveno ‘dom’, trata-se de uma morada da alma eslovena – representada pelo monte Triglav, o ponto mais alto da Eslovênia e que está ligado à identidade do seu povo – na qual serão centralizadas as ações da comunidade, sejam elas sociais, culturais ou de negócios. Dentre os possíveis usos do local está o ensino do idioma, eventos, treinamentos, exposições e uma memorabilia para reunir livros de uso comum, além de fotos, documentos e arquivos para preservar o histórico da nossa comunidade. O desafio nosso é motivar a comunidade para maximizar o uso desse espaço, mostrando que crescemos a ponto de precisar no futuro de um local maior e promovermos a integração com as comunidades espalhadas pelo Brasil”.
O evento de pré-inauguração contou com a presença da nova embaixadora da Eslovênia no Brasil, Mateja Kračun; da Secretária de Estado do Ministério dos Eslovenos no Exterior, Vesna Humar, e da comitiva eslovena responsável pela Urad. Além de representantes da Slobraz, da UEB e do Consulado.
Durante seu discurso, a embaixadora Mateja disse se sentir honrada em participar da abertura da Casa Eslovena e que este será um lar para cada esloveno e para os associados eslovenos em São Paulo. Agradeceu os esforços do presidente da UEB, Boris Krajnc Alves, pela continuidade do trabalho realizado pelo Sr. Martin Črnugelj, que junto ao Dr. Štefan Šalej, teve um papel importante para a comunidade eslovena no Brasil, para uma Eslovênia independente e para os laços de amizade entre Brasil e Eslovênia, que crescem a cada dia.
Representando o Ministério dos Eslovenos no Exterior, Vesna Humar começou lembrando o evento da noite anterior, a happy hour organizada pela Slobraz, da qual ela também participou, e que reunia não só descendentes de eslovenos, mas pessoas que estão conectadas com o idioma ou com o país por motivos emocionais, familiares ou qualquer outro. “A Eslovênia é grata a todos por participarem das atividades e apoiarem com pensamentos e energia positiva a comunidade eslovena no Brasil”, disse. Por fim, ressaltou que “o processo de independência da Eslovênia seria muito mais difícil sem o apoio da comunidade eslovena no exterior e isso é algo que o país nunca esquece”.
Ao lado de Martin Črnugelj, Vesna Humar declarou oficialmente aberta a Casa Eslovena. O ex-presidente da UEB falou sobre a importância desta data. “Hoje se realiza um sonho, um anseio de muitas décadas. Realmente importante não só para nós, que participamos da geração mais velha, mas na minha visão mais ainda para as futuras gerações para que se comprometam a manter a presença da cultura eslovena no Brasil e os laços indissolúveis com a Eslovênia”.
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