Apresentamos José Henrique Komel Fonseca, associado da Câmara de Comércio Eslovênia-Brasil/Slobraz. Com uma carreira de mais de trinta anos, ele se destaca como criador, produtor e diretor cinematográfico, conquistando êxitos no cinema, na televisão e, mais recentemente, nas plataformas de streaming. Além disso, é cofundador da produtora Zola Filmes, onde lidera a área artística das produções. Como neto de eslovenos, José Henrique busca fortalecer os laços culturais entre os dois países. Seu próximo projeto é dar vida à fascinante história de sua tia, Elvira Komel, pioneira na defesa dos direitos das mulheres no Brasil.
Destaques da Zola Filmes:
- Fundada em 2009, no Rio de Janeiro, por José Henrique Fonseca, Cláudia Abreu e Eduardo Pop, a Zola Filmes se destaca pelo envolvimento e cuidado que dedica a cada etapa de suas produções. Desde a criação dos projetos à sua realização, a Zola se compromete com um processo meticuloso e quase artesanal, a fim de garantir um entretenimento com forma e conteúdo singulares, inovadores e impactantes.
- Apesar de estar no mercado há pouco mais de uma década, a Zola Filmes já possui um extenso currículo com produções bem-sucedidas como as séries “Espinosa” (2015) e “Lúcia McCartney”(2016); a comédia “Vai que cola” (2014, 2015) – programa de maior audiência da TV paga brasileira; a série infantil “Valentins” (2017) e o fenômeno atual “Bom dia, Verônica” (2020, 2022), que acaba de ter a terceira temporada confirmada.
- Contatos:
Tel: (21) 3747-2600
Vem aí mais uma grande história
As grandes histórias correm na família de José Henrique Komel Fonseca. Pertencente à terceira geração de eslovenos no Brasil, José Henrique é sobrinho de Elvira Komel, primeira advogada de Minas Gerais e a segunda mulher a exercer o direito ao voto no estado. Filha de eslovenos, Elvira publicou manifestos e atuou em defesa dos direitos femininos no Brasil, conquistando assim um importante lugar na história do país e abrindo caminhos para tantas outras mulheres.
O lado português da família também não fez por menos, José Henrique é filho de um dos maiores escritores brasileiros, Rubem Fonseca, conhecido por obras como Agosto; A grande arte; O caso Morel e O cobrador, todas adaptadas para as telas. Do pai, exímio contador de histórias e aficcionado pelo cinema, José Henrique herdou a paixão pela sétima arte. “Desde cedo eu fui apresentado a cineastas como Fassbinder, Truffaut, Chabrol. Era como fazer um curso de formação em cinema”, revela. Ele, no entanto, começou a cursar direito, seguindo a trilha de outros cineastas que admirava – Cacá Diegues e Nelson Pereira dos Santos –, e comunicação, mas a paixão pelo cinema falou mais alto.
Sua carreira começou em 1984 na TV Educativa do Rio, tornando-se assistente de Walter Salles Jr. Menos de uma década depois, em 1991, ele seria um dos fundadores da Conspiração Filmes. A produtora foi a responsável por “Mandrake” – inspirada no personagem de A grande arte –¸ primeira série da HBO no Brasil, indicada duas vezes ao Emmy Internacional de melhor série dramática. Além disso, é da Conspiracão o filme “Dois filhos de Francisco” (2005), sucesso de crítica e de público.
José Henrique também fundou a produtora audiovisual Goritzia, em homenagem à cidade fronteiriça entre a Itália e a Eslovênia donde provém a sua família. Durante esse período, dirigiu o longa-metragem “Heleno” que conta a trajetória do controverso jogador de futebol do Botafogo, Heleno de Freitas. Em 2009, funda a Zola Filmes, nome inspirado em uma gíria italiana que quer dizer “pequeno pedaço de terra”.
Como diretor, José Henrique busca histórias que possuam relevância humana e artística e se inspira no trabalho íntimo com os atores, que abre sempre novas possibilidades. “O set de filmagem traz desafios e surpresas, e sou aberto para os happy accidents”, diz, e “ao final ver uma história bem interpretada ser transformada em magia”.
“O homem do ano”, cujo roteiro foi adaptado por seu pai e por Patrícia Melo, autora do livro O matador, no qual ele foi inspirado, foi o primeiro longa-metragem de José Henrique como diretor e venceu o Prêmio de Melhor Filme no Festival de São Francisco, em 2003.
O reconhecimento do seu trabalho pode ser visto tanto pelas indicações e prêmios conquistados quanto pela resposta da audiência, como com a série “Bom dia, Verônica”, exibida pela plataforma de streaming presente em mais de 190 países, Netflix. Falando sobre a condição da mulher na sociedade moderna, a trama tem como protagonista uma escrivã de polícia, vivida por Tainá Müller, que luta para acabar com os abusos e a violência contra a mulher. Além das duas temporadas estreadas com enorme sucesso pela Netflix, uma terceira temporada já foi anunciada e se encontra em processo de produção.
Outros projetos da Zola incluem a série policial “Cenas de um crime”, que será lançada em breve pela Paramount +, e um filme sobre Clarice Lispector.
REEL ZOLA 2017 – Vídeo
