Apresentamos a associada da Câmara de Comércio Eslovênia-Brasil /Slobraz, Janette Maria Hrast. Graduada em Administração e em Contabilidade, com pós-graduação em Administração Financeira, Janette trabalha há pelo menos 40 anos na área administrativa e contábil, dos quais 24 anos – a serem completados no final deste mês – são no comando de seu próprio negócio, a Qualytá Administração & Contabilidade Ltda.
Destaques da Qualytá:
- Criado em 1998, o escritório Qualytá Administração & Contabilidade tem foco nos pequenos e médios empreendedores, tanto para regulamentar a abertura de novas empresas, como para auxiliar quem precisa de consultoria para administrar ou implementar seu negócio, além de realizar os serviços de escritório contábil rotineiros.
- A Qualitá prima em individualizar o atendimento de cada cliente para que a dinâmica seja exclusiva, fazendo com que os resultados vão além de uma simples conformidade de documentos. Isso significa que os serviços da Qualytá incluem implementar e auxiliar os administradores a terem uma visão ampla de seu negócio para que consigam geri-lo melhor e alcançar seus objetivos rapidamente. Janette salienta que há muito a contabilidade não é só um balanço, um livro ou uma guia para cumprir as determinações do fisco, e valida que “com a contabilidade o caminho a ser seguido pelas empresas é muito mais confiável, com percepções muito mais abrangentes”.
3. Contato:
+55 54 9144-7500
Compromisso para honrar a descendência eslovena
Desde o início deste ano, Janette Maria Hrast é diretora de tesouraria da Slobraz, da qual se tornou associada no final de 2021, após a divulgação da Cesta de Natal Slobraz pelas redes sociais. O intuito de fazer parte da câmara de comércio, além de manter contato com a comunidade eslovena presente no Brasil, é de contribuir para que o legado de seus antecessores eslovenos permaneça. Janette é filha de Giuseppe Hrast, que chegou ao Brasil no período pós-guerra, vindo da região de Goriska.
O senhor Giuseppe desembarcou no Rio de Janeiro, enquanto seus pais seguiram viagem para a Argentina, onde já estavam estabelecidos. A ideia inicial dele era trabalhar aqui e depois encontrar os pais, mas quando chegou a Caxias do Sul, conheceu Joaninha Tomasi, com quem se casou e teve três filhos: Bárbara (em memória), Janette e Roberto. Apesar do nome tipicamente italiano, ele sempre resguardou os costumes da sua terra natal, a Eslovênia, assim como os ensinamentos recebidos lá, que ele sempre honrou, passando-os adiante. No Brasil, exerceu a profissão de mecânico, tornando-se sócio de uma pequena oficina de caminhões.
Apaixonado pelas letras, o sr. Giuseppe aprendeu o idioma português em apenas 21 dias, durante a sua vinda ao Brasil, de navio. Ele insistia no estudo e no conhecimento, não só para os próprios filhos, mas também para todos que dele se acercavam, e enunciava: “quando se quer algo, o conhecimento vem, e os livros são a porta para isso”.
A ligação de Janette com a Eslovênia permaneceu não só pelo sangue, pelas tradições culinárias, pelas histórias ouvidas, mas também por uma casa deixada no país europeu. No entanto, mais do que tudo isso, ela destaca algo que faz com que assuma o compromisso de perpetuar o legado de seus antepassados: o orgulho de ser eslovena. Povo que ela considera trabalhador, dedicado e que está sempre se adequando para que mesmo nas adversidades os verdadeiros valores morais não sejam esquecidos.
Janette vem realizando um trabalho para tornar a Eslovênia mais conhecida, buscando formalizar parcerias das empresas da região nordeste do estado com a Eslovênia, tornando o mercado europeu mais próximo do Brasil e vice-versa. Junto ao município de Caixas do Sul, ela vem procurando também incentivos, a fim de tornar a região mais atrativa para os empresários eslovenos. Seu irmão Roberto, que possui cidadania eslovena e também é associado da Slobraz, tem trabalhado para encontrar outros descendentes de eslovenos na região sul do Brasil, para que a comunidade se faça mais atuante nesta parte do país.
Na Slobraz, Janette tem um foco além da área comercial, que é o de manter a comunidade eslovena unida, mesmo sendo pequena no Brasil. Dessa forma, ela pretende deixar para as gerações futuras, seus herdeiros, os costumes e as tradições, em honra daqueles que vieram antes e já se foram.
A exemplo de seus antecessores, Janette vê a atualização constante como algo primordial para o empreendedorismo, assim como ter flexibilidade para se auto ajustar às circunstâncias que se apresentam, mantendo-se sempre firme e correto. Para os associados da Slobraz, ela deixa como mensagem a importância de “tornar a instituição mais forte, para que se faça mais negócios, e a Eslovênia seja mais divulgada, perpetuando o legado esloveno”. E acrescenta: “se cada descendente, independentemente da área em que atue, fizer um pouquinho, poderemos manter esta Eslovênia que está viva no coração cada vez mais visualizada externamente. A Eslovênia pode até ser um país pequeno comparado a outros, mas a força de seu povo é gigante”.