Slobraz Talk discute o que é o METAVERSO

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Nos últimos meses, a busca pelo termo metaverso dobrou e deve aumentar ainda mais ao longo do ano, de acordo com um site que avalia as palavras mais pesquisadas na internet. No entanto, apesar do crescente interesse, o metaverso ainda é um conceito que traz muitas dúvidas. O Slobraz Talk convidou Rodrigo Pareto – CEO e cofundador da Allegroz Inteligência Digital –, e o empreendedor, investidor, e consultor esloveno Niko Klanšek, fundador da HashMark, para falar sobre metaverso, NFT, criptomoedas e outros temas relevantes na atualidade. O encontro virtual contou ainda com a presença no final de Taynaah Reis, cofundadora e CEO da Moeda, além de referência em finanças descentralizadas.

O evento, que teve apresentação e mediação de Mateja Perovšek Ciuchini, começou com a visão dos convidados sobre o que é o Metaverso e o que ele traz como consequências. Para Niko, o metaverso é uma combinação dos três diferentes mundos no qual viveremos: o físico, onde atua o governo; o corporativo, operado pelas organizações, e aquele que podemos chamar de metaverso, blockchain, cripto ou web3, que é descentralizado. Do ponto de vista da identidade, por exemplo, no mundo físico usa-se o passaporte ou um documento fornecido pelo governo como forma de identificação; no corporativo, o apelido é a identificação pedida pelo Facebook ou pelo Instagram; e no mundo descentralizado, temos a carteira com números que possibilitará transações e interação com outras ferramentas. Niko lembrou ainda o exemplo dos PFPs (profile pictures) que começaram a ser coletados no NFT (Non-fungible token), e citou os avatares mais famosos atualmente: Cryptopunks, Bored Ape Yacht Club e CloneX. Tais distinções também ocorrem em relação à moeda. No físico, temos euro, dólar etc.; no corporativo, pontos ou sistemas de recompensas fornecidos pelas organizações e no descentralizado, as criptomoedas, entre as quais bitcoin, solana e ethereum. Para ele o que demorará mais tempo e será a parte mais difícil desse processo é a forma como interagiremos com o metaverso, ou seja, o hardware, sendo os óculos o utilizado no presente.

Rodrigo Pareto apresentou o metaverso pela perspectiva do e-commerce, em que as pessoas querem vender ou comprar algo. Segundo ele, o metaverso é uma evolução de diferentes comportamentos dos seres humanos, e as redes sociais foram uma espécie de treinamento para se chegar a ele. Primeiro vieram as interações sociais e depois as comerciais e de negócios. “No metaverso haverá uma mudança do que eu posso ser para o que eu quero ser”, diz Rodrigo. Por isso, ao criar um avatar cada um poderá escolher se quer ser alto ou baixo, uma pessoa comum ou um super-herói, pois haverá liberdade para ser o que quiser, só será preciso pagar por isso.

Não haverá limites de espaço também, de acordo com Rodrigo, que comparou um concerto em um estádio para milhares de pessoas a um no metaverso, em que é possível ter milhões de pessoas assistindo. Outro exemplo dado por ele foi de uma marca de perfumaria nacional, que recebeu em sua loja no metaverso 9 milhões de visitantes, o que seria limitado a um número bem menor em um ambiente físico, por maior que fosse o espaço.

Não há dúvidas de que ambos os convidados concordam com o imenso potencial dessa rede, que também despertou o interesse dos associados da Slobraz. Perguntas sobre o momento de investir, como se tornar relevante no metaverso e o impacto ambiental gerado por essa nova realidade foram feitas pelos associados da Slobraz aos convidados.

Por ser algo em desenvolvimento, tanto Rodrigo quanto Niko acreditam que há muitos riscos, da mesma forma que há em um negócio físico. Os metaversos ainda estão sendo construídos e não se conectam entre si, mas à medida que a tecnologia for evoluindo e essa realidade for sendo entendida por todos, tudo fará sentido.

Quanto ao impacto no meio ambiente, da mesma forma que é preciso colher dados demográficos ainda sobre quem é o usuário do metaverso ou criar uma regulamentação para esse ambiente descentralizado, será preciso fazer um estudo sobre a quantidade de eletricidade necessária, por exemplo, para manter o metaverso em funcionamento. O que um dos participantes adiantou é que, citando o exemplo dos livros em comparação com e-books, o impacto é bem menor, especialmente em termos de espaço.

A aplicação do que seria o metaverso e os NFTs foi apresentado por Taynaah Reis, da Moeda, que mostrou um vídeo sobre o Carnaval no metaverso, ilustrando a experiência de estar em um camarote na Sapucaí virtualmente. Taynaah falou ainda sobre seu trabalho em projetos que visam ao empoderamento feminino.

O evento, transmitido em inglês, durou cerca de uma hora e meia, e outras questões como privacidade, novos modelos de negócios, consumo, ações sustentáveis foram abordadas. O vídeo com o encontro na íntegra encontra-se disponível no canal do YouTube da Slobraz. https://www.youtube.com/watch?v=RTiP6Mc2eX8

Sobre os convidados

Rodrigo Pareto  –  contato:  [email protected]

Graduado em Administração de Empresas com MBA Executivo pela PUC Chile, possui mais de 15 anos de background em controladoria e planejamento financeiro de indústrias multinacionais, como Siemens, Schneider Electric e David Brown Santasalo. Possui experiência internacional, atuando em projetos de desenvolvimento de produtos para exportação e de startups de operação na região da América Latina. Em 2020, cofundou a Allegroz Inteligência Digital, que tem como foco ajudar a construir um departamento de inteligência dentro das empresas para o gerenciamento de e-commerce.

Niko Klanšek   – contato: [email protected]

Nascido na Eslovênia, vem de uma família de empreendedores e desde jovem criou startups de sucesso, como a FlyKly Smart Wheel. Consultor, empreendedor, investidor, expert em crowdsoursing da Harvard Alumni, aconselhou mais de 100 startups com financiamento coletivo, chegando a um total superior a US$ 22 milhões obtidos. Em 2017, cofundou a HashMark com o objetivo de aconselhar, desenvolver, implementar e expandir empresas baseadas em tecnologia e blockchain

Taynaah Reis  – contato:  [email protected]

Fundou sua primeira empresa na adolescência e começou a colaborar com órgãos ligados ao Ministério da Agricultura. Foi diretora de tecnologia e inovação de uma ONG que atua junto à ONU para promover o desenvolvimento sustentável. Criou em 2017 a Moeda, startup da qual é cofundadora e CEO, responsável pela criação da primeira criptomoeda brasileira. A Moeda tem como objetivo a inclusão financeira e igualdade de gênero.

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